Quando sinto que já sei
O título é sugestivo, e para quem ainda não viu
Esse documentário eloquente,
Segue aqui em pobres versos, um resumo simples e potente:
Um projeto que começou, a uns 6 anos atrás
Seus sonhadores queriam fazer, algo pela educação,
Vixi! Isso sim ia dar, um enorme trabalhão!
Começaram pesquisando, lá fora no estrangeiro,
E por lá então rodaram, antes do Brasil inteiro,
Reino Unido e Portugal, foram então umas referências,
Mas o foco de verdade, foi aqui na nossa terra
Conversaram com quem fazia, e podia nos indicar
Um caminho, uma rota, para a educação melhorar
Quem diria que aqui, no nosso Brasil, tão perto
Havia tantos projetos, tão bons, simples e quietos...
Mas para deles nos apropriarmos e saber qual a construção
Que existiu e ainda existe, é preciso resgatar, a história deles e de
outros,
E como, com essa história, e a realidade de agora,
Trabalhar com o que temos e o futuro renovar.
São 10 projetos de educação, em 5 estados da nação
8 cidades, muita gente e 100 horas de gravação
Para gerar pouco mais de 1 hora, de uma bela produção!
Tudo que é bom leva seu tempo, de boa preparação...
Ficou marcada, a realidade, com muita diversidade
E em cada projeto mostrado, a sua própria identidade.
E nesse ponto, é muito justo, do leitor vir a questão:
Por que mais um documentário, sobre a nossa educação?
O que traz esse de ação? E tem
alguma solução?
Esse aqui traz em seu bojo, soluções inovadoras e muita provocação
E uma das principais, se podemos assim dizer,
É: a criança só aprende, debaixo
de regras rígidas e muita organização?
Tem gente que faz diferente, um dos nomes é Tião Rocha,
Antropólogo e educador, das nossas Minas Gerais,
Começou em Belo Horizonte, chegou a Curvelo e além mais.
E esse aí lançou a questão, com toda propriedade:
Será que a escola deve ser, p’ra os meninos e meninas,
Um serviço militar, aos 6 anos de idade?
E qual é a solução, para o problema da educação?
Será que dá para fazer, um e-mail ou publicação,
Colocar num post d’um blog, as dicas de pretensão,
De qualidade e idealismo, de uma nova educação?
Ô gente, cai na real! escola
perfeita não tem não...
Por que assim que a vida é: cada uma tem o seu jeito.
Cada parte do nosso país, tem uma realidade de aprendiz
A escola para ser boa, não precisa de modelo
E, então, como se diz: Vamos lá minha gente amiga,
Unir estudo e trabalho, com a comunidade envolvida
Cultura e símbolos locais, respeitados e construídos,
E uma nova educação, transformada, será então vivenciada!
A escola convencional, precisa então mudar
A queda das paredes da sala, e dos velhos preconceitos,
Dos muros da escola e dos conhecimentos “já feitos”, veio para ficar
A criança, sujeito ativo, aprende em qualquer lugar: basta oportunizar!
As crianças e o mundo, mediados pelo professor,
Todos, então, tendem a ganhar...
Com o modelo de escola atual, é claro que não podemos ficar
Temos que, juntos, com a comunidade avançar
Mudar o jeito de ensinar, onde a criança tenha prazer,
De estudar e aprender, de ser e experimentar...
Isso se faz na Bahia e no Rio Grande do Norte, em Minas, Rio e São
Paulo,
Em várias de suas cidades, com toda diversidade, escola pública ou
particular
Mas não pense, você que lê, que tirar as paredes da sala,
Quebrar os muros da escola e transformar a educação, é tarefa fácil não!
Por que quando você começa, a desafiar esses limites,
Você acaba lidando muito, com suas “coisas” de dentro: medo, crenças, valores...
Aqueles que até então, você tem como importantes e os domina,
proficiente!
Mas que agora, nesses tempos, com os novos sujeitos e cenários, já não
são eficientes...
Chegamos então, nesses versos, a um ponto de reflexão:
Como é que se muda, então, a realidade da educação?
Por onde se quebram os tais, preconceitos e paradigmas,
Que há muito já não servem, para a realidade de agora?
A resposta vem da análise, pura e cristalina de Clélia, jovem aluna
Da escola sede em Natal, de um dos projetos do vídeo:
Alunos e responsáveis, professores e
gestores, políticos e sociedade,
Criticam-se uns aos outros, sem nenhuma caridade, sem qualquer ajuda
mútua,
Estão sempre engajados em suas “lutas de classe”,
Cada um pelos seus próprios, direitos e pontos de vistas.
Tem que haver um olhar p’ro outro, uma melhor compreensão,
Para saber onde ajudar – esse deveria ser, o início da transformação.
E, encerrando, fica aqui, a pergunta e a provocação
Como você que nos leu, onde está e com o que tem,
Com a sua comunidade, cultura e conhecimentos,
Sabendo de tudo isso, e pesquisando mais além,
Quando sentir que já sabe,
Pode ajudar a mudar, a educação na sua realidade?
Referências:
3. DINIZ, Francisco Ferreira Filho. Literatura de Cordel. Disponível em:
Co-elaboração de
Antonio Domiciano
Livia Miguel
Noeli Serodio
Vania Guimarães
Viviane Veloso
Universidade Metodista de São Paulo
Curso de Pedagogia, 5º período