A primeira história é, na verdade, uma homenagem à dona Aparecida Novelino, professora e esposa do médico, empresário e educador Tomás Novelino.
Caso você queira saber um pouco mais sobre a história de dona Aparecida, veja o comunicado da USE (União das Sociedades Espíritas) de Franca desse link, emitido por ocasião do centenário do seu nascimento.
E se quiser saber um pouquinho mais da contribuição dela e do Dr. Tomás Novelino para a formação de uma Pedagogia com Espiritualidade, veja nesse link o trecho correspondente da tese da Dra. Dora Incontri.
A outra história, uma lenda do Extremo Oriente, contada no livro "O homem que calculava", do escritor Malba Tahan, pseudônimo do professor carioca Júlio Cesar de Melo e Souza (também nascido em dia próximo a esse agora celebrado, 6 de maio de 1895...), sobre o verdadeiro sábio, o material e o espiritual.
Um poderoso rei, que dominava a Pérsia e as vastas planícies do Irã, ouviu certo dervixe dizer que o verdadeiro sábio devia conhecer, com absoluta perfeição, a parte espiritual e a parte material da vida. Chamava-se Astor esse monarca, que era apelidado “O Sereno”. Que fez Astor, o rei? Vale a pena recordar a forma pela qual procedeu o poderoso monarca.
Mandou chamar os três maiores sábios da Pérsia, entregou a cada um deles 2 dinares de prata e disse-lhes:
- Há neste palácio três salas iguais, completamente vazias. Ficará, cada um de vós, encarregado de encher uma das salas, não podendo, entretanto, despender nessa tarefa quantia superior à que acabo de confiar a cada um.
O problema era realmente difícil. Cada sábio devia encher uma sala vazia, gastando apenas a insignificante quantia de 2 dinares. Partiram os sábios a fim de cumprir a missão de que haviam sido encarregados pelo caprichoso rei Astor.
Horas depois, regressaram à sala do trono. O monarca, interessado pela solução do enigma, interrogou-os.
O primeiro, ao ser interrogado, assim falou:
- Muito bem! - exclamou o rei Astor, o Sereno. - A vossa solução, simples e rápida, foi realmente muito bem imaginada. Conheceis, a meu ver, a “parte material da vida”, e sob esse aspecto haveis de encarar todos os problemas que o homem deve enfrentar na face da terra.
A seguir, o segundo sábio, depois de saudar o rei, disse com certa ênfase:
- No desempenho da tarefa que me foi cometida, gastei apenas meio dinar. Quero explicar como procedi Comprei uma vela e acendi-a no meio da sala vazia. Agora ó Rei, podeis observá-la. Está cheia, inteiramente cheia de luz.
- Bravos! - concordou o monarca. - Descobriste uma solução brilhante para o caso! A luz simboliza a parte espiritual da vida. O vosso espírito acha-se, pelo que me é dado concluir, propenso a encarar todos os problemas da existência do ponto de vista espiritual.
Chegou, afinal, ao terceiro sábio, a vez de falar. Eis como foi resolvida por ele a singular questão:
Resolvi agir também. Tomei, pois, de um punhado de feno da primeira sala, queimei esse feno na vela que se achava na outra, e com a fumaça que se desprendia enchi inteiramente a terceira sala. Será inútil acrescentar que não gastei a menor parcela da quantia que me foi entregue. Como podeis verificar, a sala que me coube está cheia de fumaça.
- Admirável! - exclamou o rei Astor. - Sois o maior sábio da Pérsia e talvez do mundo. Sabeis unir, com judiciosa habilidade, o material ao espiritual para atingir a perfeição.
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Ai está, amigo(a) leitor(a), com essa singela homenagem à dona Aparecida e esta lenda, fica a proposta de reflexão sobre o que poderia ser uma Educação com Espiritualidade Aplicada em sua vida...
Lendo o artigo do link a seguir (está em inglês, desculpem...) lembrei-me da lenda do verdadeiro sábio da Pérsia, no ponto em que o autor conjectura que a MENTE HUMANA é como a linha costeira, ou borda das ondas do mar: é água e é areia ou terra também...
ResponderExcluirhttps://qz.com/866352/scientists-say-your-mind-isnt-confined-to-your-brain-or-even-your-body/